O serviço de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) executado pelos técnicos e engenheiros agrônomos da Seapa (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) junto ao homem do campo nos municípios do interior de Roraima registrou um feito histórico. Nos últimos três anos, os projetos elaborados para o desenvolvimento de atividades agrícolas acessaram cerca de R$ 18 milhões junto às instituições financeiras. A quantia corresponde a 72% do total de recursos acessados nos dez anos anteriores.
Os dados foram obtidos em consulta ao Siapa (Sistema da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e aos agentes financeiros como a Desenvolve-RR (Agência de Desenvolvimento de Roraima), Banco da Amazônia e Banco do Brasil. Conforme o levantamento, entre os anos de 2005 e 2014 foram movimentados R$ 24 milhões por meio do financiamento de projetos elaborados pela Seapa.
Entre os anos de 2015 e 2017, o serviço de Ater, que era executado com precariedade, recebeu incentivos da governadora Suely Campos. Com valorização dos servidores, reforma dos prédios que abrigam as CPRs (Casa do Produtor Rural) e aquisição de veículos, os números subiram. “Neste período, conseguimos acessar cerca de R$ 18 milhões em recursos. Ou seja, em três anos, atingimos 72% do que foi feito em dez”, explicou o chefe da Divisão de Crédito Rural da Seapa, Emerson Santos.
O titular da Seapa, Gilzimar Barbosa, afirmou que para 2018 a meta é superar os R$ 24 milhões. “Sem dúvida este ano vamos conseguir bater esta marca. Nossos técnicos e engenheiros agrônomos estão no campo, atendendo o agricultor familiar e cumprindo uma das principais metas desta gestão, que é fazer a mudança na economia do Estado por meio do setor produtivo”, declarou.
Ele frisou ainda que para ter acesso ao serviço de Ater, o homem do campo deve procurar a CPR mais próxima de sua região. “Quem tiver interesse pode procurar os nossos técnicos nos escritórios. Eles estão mais do que preparados para atender. Eles vão agendar uma visita, verificar as necessidades e potencialidades de cada propriedade e atender o pequeno agricultor no que for preciso”, disse.
CRÉDITO RURAL – O Crédito Rural é um recurso disponibilizado em duas modalidades. A primeira é o Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que tem taxas de juros que variam entre 0,5% e 5,5% ao ano. A segunda é o Funder (Fundo Especial de Desenvolvimento Rural), onde os juros variam de 3% a 7% ao ano. Para ter acesso aos recursos, o proponente deve ser agricultor familiar. Para isso, é necessário que ele possua no máximo quatro módulos fiscais, ter no mínimo a metade da renda oriunda da propriedade e pelo menos metade da mão de obra deve ser familiar.
Para ter acesso a este benefício é necessária à emissão da DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), que pode ser obtida junto aos sindicatos, colônias de pescadores e pelos mais de 100 técnicos de campo presentes nas mais de 30 CPR (Casa do Produtor Rural) distribuídas nos 15 municípios do Estado. Para aqueles presentes em assentamentos da Reforma Agrária devem procurar o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Com este documento em mãos, o produtor poderá contar com o apoio da Seapa para elaboração de projeto, que após aprovado e liberado junto ao agente financeiro poderá ser executado em sua propriedade.
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