Os 12 municípios de Roraima inclusos no Mapa do Turismo Brasileiro podem, juntos, pleitear R$ 2,45 milhões do MTur (Ministério do Turismo). A categorização desses municípios foi atualizada pelo Ministério na última sexta-feira, 16. Esse instrumento é utilizado para acompanhar o desenvolvimento do turismo nos municípios e serve como indicativo de políticas para o setor e direcionamento de verbas federais.
Boa Vista segue na categoria 'A'. Os municípios de Alto Alegre, Amajari, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Mucajaí, Normandia, Pacaraima, Rorainópolis e Uiramutã estão no grupo 'D'. Do quantitativo disponível para a realização de eventos, cada um dessa categoria pode receber R$ 150 mil. Inserido na categoria A, o município de Boa Vista pode adquirir até R$ 800 mil.
O Mapa do Turismo Brasileiro é atualizado e aperfeiçoado periodicamente e, conforme a Portaria 39/2017 do MTur, somente municípios classificados entre 'A' e 'D' podem requerer apoio para realização de eventos geradores de fluxo turístico.
A categorização de 'A' a 'E' torna os municípios aptos a reivindicar recursos de infraestrutura, para construção de estradas e rodovias de interesse turístico; de orlas e terminais fluviais, lacustres ou marítimos; reforma de terminais rodoviários intermunicipais e interestaduais, de aeroportos, de ferrovias e estações férreas de interesse turístico; e sinalização turística, entre outros.
De acordo com o diretor do Detur (Departamento de Turismo de Roraima), Ricardo Peixoto, os municípios de Iracema, São Luiz do Anauá e São João da Baliza não fazem parte do Mapa, porque precisam cumprir algumas determinações do MTur. “Não foram incluídos, porque não cumpriram as orientações do Ministério do Turismo. Eles precisam criar o Conselho Municipal de Turismo, o Órgão Gestor do Turismo e inserir na LOA (Lei Orçamentária Anual) recurso destinado a investimento no setor, entre outras recomendações”, explicou.
Segundo o diretor do Detur, os municípios têm até o dia 22 deste mês de fevereiro para lançar seus projetos no sistema do Siconv (Sistema de Convênios) do governo federal. A partir daí, começa a segunda etapa, que é a aprovação pelos técnicos do MTur. “Basta que a gente apresente os projetos e lute por eles, porque os recursos estão disponíveis. É hora de trabalharmos, para que sejamos contemplados”, ressaltou.
ROTEIROS MAIS PROCURADOS – Ricardo Peixoto ressaltou que um dos pontos turísticos mais procurados no Estado é o Monte Roraima. Segundo ele, esse roteiro é um dos favoritos dos turistas estrangeiros. “O Monte Roraima já é uma referência internacional. É o quarto produto em termos de intenções internacionais. O segundo ponto turístico mais procurado é a Serra do Tepequém. Essa é uma das grandes conquistas do nosso governo. Resgatamos a verdadeira vocação do Tepequém, que é o turismo”, disse e acrescentou que o local é procurado por visitantes de Roraima e de outros estados brasileiros.
Conforme o diretor do Detur, no período de Carnaval, o número de visitantes na Serra do Tepequém foi superior ao do ano de 2017, com uma média 5.800 turistas. “Este ano, essa meta foi superada. Aproximadamente, oito mil pessoas visitaram o Tepequém no período carnavalesco, a maioria do Amazonas”.
Outro local que vem sendo procurado por causa de suas belas cachoeiras é o município do Uiramutã. “É um produto bom, porém, com algumas dificuldades de acesso. Temos os atrativos de Boa Vista, dentre os quais, o Lago do Robertinho, que desperta interesse e está reunindo um público bastante considerável, formado por pessoas que estão visitando Roraima”, destacou Ricardo Peixoto.
CRESCIMENTO ALAVANCA SETOR DE SERVIÇOS – O desenvolvimento da atividade turística reflete positivamente no setor de serviço. De acordo com Ricardo Peixoto, o serviço de transporte aéreo teve saldo positivo e mantém potencial de demanda. “A procura é grande, embora a oferta seja pequena em relação à demanda. Nossa ligação aérea para Manaus está bastante prejudicada, apesar de a Companhia Azul ter colocado, no período do Carnaval, quatro voos extras, todos lotados. Estamos em negociação para manter esses voos de forma permanente”, explicou.
O setor de transporte rodoviário também cresceu, em parte por causa da demanda reprimida de voos. “Não tínhamos oferta de voos, achou-se a opção de sair via Manaus, onde a oferta de voos é maior”. No setor de agenciamento ocorreu um equilíbrio. “Não houve crescimento considerável. Tivemos alguns gargalos, por esse motivo, fizemos a fiscalização que foi realizada em janeiro”, explicou.
Outro segmento importante, que está em crescimento, é o hoteleiro, vivendo momento de euforia, por apresentar uma das maiores ocupações do Brasil. Todos esses setores foram responsáveis por geração de emprego e renda em Roraima em 2017.
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